O primeiro projecto do ano foi uma auto-representação.
Pois. É sempre divertido ver o ódio de uma sala cheia de estudantes que ainda nem sabem bem o que são ou o que querem mesmo vir a ser e que se veêm confrontados com a obrigação de criar uma representação dessa indefinição.
Mas há que contar com o sadismo dos docentes e, ano após ano, debater-nos para encontrar uma solução diferente da do ano anterior, preferencialmente melhor e que talvez até nos ajude a pensar um bocado sobre essa questão que temos tendência a não explorar fora do gabinete do nosso psicólogo.
Ah, e este ano havia uma directriz: a representação deveria ser feita a partir de apenas uma característica que decidíssemos sublinhar.
para além disso, existia a limitação de que o trabalho teria de ser executado em tempo de aula (o que em parte me levou a fazer algumas opções que decide depois levar até ao fim); essa limitação deixou depois de existir e o trabalho foi para casa.
Por isso: uma decisão a tomar e pouco tempo para pensar+executar.
Durante uma discussão com outros colegas de turma, veio à conversa a maneira às vezes estranha que eu utilizava para me expressar, através de sons ou quase-mímica - sim, eu faço barulhos estranhos (mas bonitos!), vamos lá ultrapassar isto.
- Decidi então representar isso e, uma vez que a característica se prendia com o mundo do sensorial, da acção, lembrei-me da representação gráfica de onomatopeias nas BD's.
- Queria que o objecto que criasse não fosse frágil nem vulgar na forma - que se destacasse de um normal cartão de visita - então apostei num formato invulgar associado a um material que garantisse maior presença; tentei no entanto que continuasse a ser algo fácil de transportar e manusear entre outros documentos, uma vez que seria para entregar contendo as minhas informações pessoais
- Os materiais: tudo o que conseguisse arranjar na faculdade e que me permitisse uma resolução relativamente rápida do problema
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